A profissão que nasceu de uma vocação

22/02/2024

A profissão que nasceu de uma vocação

Para uma mãe católica, o momento em que um filho seu ingressa no Seminário é especial. Há 28 anos, a senhora Maria Inês Szortyka Rodrigues viveu esta experiência com o seu filho, Jacques, hoje sacerdote do clero da Arquidiocese de Porto Alegre. Zelosa pelas necessidades do jovem seminarista, ela jamais imaginaria que ao confeccionar uma túnica para que o futuro padre pudesse realizar as atividades de pastoral se transformaria em profissão ao longo de quase 30 anos.

 

“Depois que fiz a túnica para o meu filho, outros colegas dele também precisaram e me pediram para fazer. Aí começaram a solicitar paramentos como vestes para acólitos, batinas e sobrepeliz. Aí fui ampliando com o tempo e hoje confecciono qualquer tipo de paramento litúrgico”, conta Maria Inês, também mãe do seminarista Douglas Szortyka Rodrigues, que faleceu de câncer aos 22 anos em janeiro de ano de 2013.

 

Ao longo de quase 25 anos, Maria Inês Szortyka Rodrigues trabalhou sozinha. Nos últimos dois anos sua nora a tem ajudado. “Ela foca mais na parte dos bordados. Muitos paramentos são bordados. Eu confecciono as peças e ela borda”, explica.

 

O apoio do padre Jacques Szortyka Rodrigues a sua mãe, desde o tempo de seminarista, foi fundamental para o sucesso do trabalho. “Meu filho ajudou demais, pois no começo não sabia nada sobre vestes litúrgicas, nem como era feito. Ele conseguia no Seminário vestes que os padres não usariam mais. Ele trazia para mim desmanchar e fazer os moldes para que eu pudesse ter uma base de como fazer”, relembra.

 

Nas quase três décadas de produção de vestes litúrgicas, Maria Inês perdeu a conta da quantidade de itens já produzidos. “São muitas vestes, diversidade de itens. Já atendi tantos padres, seminaristas, acólitos, ministros, freis. Felizmente tenho clientes de vários lugares, de outras dioceses no Rio Grande do Sul, até na Argentina os trajes chegam. Enviamos via Sedex. Tenho clientes em outros estados, em São Paulo e até Brasília as nossas roupas chegam.”

 

Cada paramento produzido por ela demanda um tempo específico de trabalho. “Depende do bordado. A batina leva um dia de trabalho. As túnicas e casulas é possível fazer de duas a três em um dia. Ainda preciso considerar algum pedido específico do cliente”, completa Maria Inês Szortyka Rodrigues.

 

Contato:

Maria Inês Szortyka Rodrigues

(51)  99514-1773

 



Autor:
Marcos Koboldt

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