Encontro Nacional da Educação denuncia “o descompromisso das autoridades com a educação"

23/08/2022

Encontro Nacional da Educação denuncia “o descompromisso das autoridades com a educação

Com o tema: “Pastoral da Educação: centralidade, identidades e missão”, o 21º Encontro Nacional da Pastoral da Educação, o ENAPE, aconteceu na modalidade híbrida, dias 19 a 21 de agosto, em Goiânia, com participação presencial de 120 educadores representantes dos regionais da CNBB e mais de 900 remotamente.

 

Representando a Arquidiocese de Porto Alegre, o Pe. Rogério Ferraz esteve no encontro quando palestrou sobre a temática dos Dilemas da educação pós-pandemia. “Pensar uma educação inclusiva , que ensine a condição humana, os direitos humanos, os princípios da democracia é um mundo pensado para todos”, declarou o sacerdote que é Assessor para Educação do Regional Sul 3 da CNBB. 

 

Carta do Encontro reafirma a “crença na educação”

 

No último dia do encontro, os participantes aprovaram a “Carta de Goiânia – XXI Encontro Nacional da Pastoral da Educação” cujo título é “Cremos na Educação”. No documento, os educadores católicos compartilham “aquilo que o Espírito Santo suscitou como inspiração e chamado ao longo destes dias”.

 

A carta denúncia o descompromisso das autoridades com a Educação, “que se materializa no desmonte das políticas públicas educacionais, na falta planejamento e investimento, na má remuneração dos professores, na mercantilização do saber e no abandono das comunidades originárias, ribeirinhas e quilombolas”.

 

De acordo com os educadores católicos, a “falta de um projeto de Estado para a educação e o contínuo processo de enfraquecimento das escolas  e universidades tem levado ao fechamento de unidades educacionais em todo o país, impedindo que milhares de crianças e jovens se formem e busquem um futuro promissor”.

 

Esta situação, apontam no documento, foi piorada pelas condições precárias que a pandemia submeteu os educadores e as instituições públicas e privadas, penaliza sobretudo os mais pobres e vulneráveis, aumentando as desigualdades sociais. “Reconhecemos que durante o duro período da pandemia, o esforço dos educadores foi fundamental para que as consequências da pandemia fossem menos devastadoras no campo educativo”, diz um trecho da carta.

 

A carta convida as forças vivas da Igreja no Brasil a se juntarem à Pastoral da Educação para colocar a educação como prioridade desta hora e também para se empenharem na consolidação da Pastoral da Educação nas comunidades, paróquias, dioceses e regionais, “somando forças com educadoras e educadores das redes pública, privada e confessional, reanimando nossa missão e engajando-nos com responsabilidade”.



Autor:
Ascom

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