16/06/2025
Sempre que iniciamos uma celebração litúrgica ou um momento de oração, o fazemos em nome da Santíssima Trindade: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Pronunciar o nome de alguém é tornar presente a própria pessoa, com sua identidade misteriosa. Se esse é o poder criativo na evocação de todo e qualquer nome, o que não dizer da evocação do nome do próprio Deus? Assim, iniciar a celebração e/ou a oração “Em nome do Pai...” é fazer ressoar o advento e a presença retraída do vigor do mistério de nossa própria origem e da origem de todas as criaturas e de todos os eventos.
“Em” indica movimento para o interior, para dentro, o âmago de... “Em nome do Pai...” nos conduz como filhos e filhas para o interior da dimensão do encontro com a origem de nosso ser. “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” é evocação que brota da pertença ao princípio originário de nossa existência e participação do Mistério mais profundo do sentido da vida e de toda a humanidade, trazido a este mundo por Jesus Cristo: sermos, com Ele e no seu Espírito, nós também filhos/as queridos/as do Pai nosso que está nos céus.
Invocar a Trindade Santíssima, traçando sobre si o sinal da cruz devagar, de forma lenta e ampla, da testa ao peito, dum ombro ao outro expressa a disposição de deixar-se envolver todo inteiro, corpo e alma, pensamentos e vontade, sentidos e sentimentos, atos e ocupações pelo mistério do Deus-Amor.
‘‘O sinal da Cruz é o sinal da totalidade, o sinal da Redenção. O Senhor remiu todos os seres humanos na cruz. Pela cruz santifica o ser humano todo até à última fibra do seu ser” (R. Guardini).