Construindo o futuro

07/09/2022

Os Bispos da Igreja Católica Apostólica Romana, publicaram, no ultimo dia 02 de setembro, uma mensagem ao povo brasileiro conclamando “toda a sociedade brasileira a participar ativa e pacificamente das eleições, escolhendo candidatos e candidatas, para o executivo e o legislativo, que representem projetos comprometidos com o bem comum, a justiça social, a defesa integral da vida, da família e da Casa Comum”.

 

A fé no Crucificado-Ressuscitado orienta a disposição de colaborar para que as futuras gerações possam gozar de dias melhores. “A fé comporta exigências éticas que se traduzem em compaixão e solidariedade concretas. O compromisso com a promoção, o cuidado e a defesa da vida, desde a concepção até o seu término natural, bem como, da família, da ecologia integral e do estado democrático de direito estão intrinsicamente vinculado à (...) missão apostólica. “A Igreja é advogada da justiça e dos pobres, exatamente por não se identificar com os políticos nem com os interesses de partido” (Bento XVI, Discurso Inaugural da Conferência de Aparecida)”.

 

É preocupante “a manipulação religiosa, protagonizada por políticos e religiosos, desvirtuando os valores do Evangelho e tirando o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com o Evangelho e com a verdade”.

 

São reconhecidas suas riquezas e potencialidades do Brasil.  Contudo, urge um projeto de nação que priorize o desenvolvimento humano, integral e sustentável. “É necessário o compromisso autêntico com a verdade, com a promoção de políticas de Estado capazes de contribuir de forma efetiva para a diminuição das desigualdades, a superação da violência e a ampliação do acesso a teto, trabalho e terra. Comprometidos com essas conquistas e inspirados pela cultura do diálogo e do encontro, é possível ser uma nação realmente independente e soberana”.

 

A futuro da nação depende das escolhas de seus cidadãos. “A dinâmica da democracia nos coloca (...) num processo eleitoral”. Pela participação “responsável e consciente, a população tem a capacidade de refazer caminhos, corrigir equívocos e reafirmar valores”.



Autor:
Dom Jaime Spengler

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