29/12/2022
A data de 1º de janeiro é celebrada como o Dia Mundial da Paz. No calendário religioso católico a data celebra a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, invocada pelos fiéis como Rainha da Paz.
A paz é sinónimo de sociedades resilientes e estáveis, onde todos podem prosperar e desfrutar das suas liberdades fundamentais em vez de terem de lutar pelas suas necessidades básicas.
A paz não é fruto apenas da ausência de conflitos. Ela é uma conquista forte e cheia de boa vontade. É um dos bens mais preciosos da humanidade, mas, ao mesmo tempo, um dos mais frágeis e delicados; é o bem mais desejado e, por sua vez, o mais ameaçado. Por isso, deve ser contínua e incansavelmente protegida e mantida.
A construção e consolidação da paz requer empenho em prol da justiça e do desenvolvimento social, onde todos possam ter acesso aos bens da criação. Ela não pode, pois, ser reduzida à esfera puramente privada, religiosa e meta-histórica; ela tem dimensões históricas, sociopolíticas e cósmicas.
A educação da consciência, tarefa de toda a vida, garante a liberdade e gera a paz do coração, qual condição para a promoção do bem comum e a construção da fraternidade universal.
O Papa Francisco em sua mensagem para o 56º Dia Mundial da Paz, nos recorda que “todos precisamos uns dos outros, que o nosso maior tesouro, ainda que o mais frágil, é a fraternidade humana, fundada na filiação divina comum, e que ninguém pode salvar-se sozinho. Por conseguinte, é urgente buscar e promover, juntos, os valores universais que traçam o caminho desta fraternidade humana. Aprendemos também que a confiança posta no progresso, na tecnologia e nos efeitos da globalização não só foi excessiva, mas transformou-se numa intoxicação individualista e idólatra, minando a desejada garantia de justiça, concórdia e paz. Com muita frequência, neste nosso mundo que corre a grande velocidade, os problemas generalizados de desequilíbrios, injustiças, pobreza e marginalizações alimentam mal-estares e conflitos, e geram violências e mesmo guerras”.
Fazemos votos que o início do Novo Ano desperte em todos a consciência de que somos artesãos de paz, comprometidos, dia após dia, na construção de uma sociedade mais justa e fraterna.